Noite na emergência

Noite na emergência

Escutava o grito - choro de uma criança que agonizava cura

O choro do fim da vida! E logo ali o começo de outra

Passos rápidos das mulheres de branco

Traziam liquido mágico

Alivio nas pontas super doloridas das agulhas

E depois silêncio, silêncio não tão silêncioso

Triste e acompanhados por zumbidos impacientes

Vindo dos aparelhos que tirava da morte a vida

Sentia aquele cheiro enjoado de doença no ar

Misturando com repúdio daqueles lençóis brancos

O medo presente sempre em cada expressão preocupada

Dos homens de mascaras e de voz sempre serena e séria

E carregados com seus exames e relatórios tensos

Noite desagradável onde o tempo não passava

No gotejar de uma solução água e sal

Lento e preciso

Noite na emergência

Nem a enfermeira de peitos grandes me fazia querer ficar lá

A comida com gosto de remédio que dava vontade de vomitar

A lua que brilhava sem a importância presença dos meus olhos

E quando o sol veio me visitar minhas feridas já tinham se recuperadas

Com a benção da manha o médico falou: Pode ir você está de alta!

Diêgo Vinicius
Enviado por Diêgo Vinicius em 29/04/2010
Código do texto: T2226755
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