Não Há Como Pagar...
Ah! Como está funda esta noite...
Eu sinto vertigem ao tentar lambê-la
Com os meus olhos de um Ser sem cabimento
Cada estrela é um açoite
E uma punhalada cada pensamento.
Dói-me a consciência neste momento
Rasga-me o peito o tempo em mal usado
Maltrata-me a permissão que dei ao breu
É-me difícil ver “naquilo” eu...
Difícil crer no que me hei transformado.
Ah! Como está larga esta quase madrugada!
Apesar de ela insistir, em mim não cabe mais nada
A não ser o que de pior eu possa receber como castigo
A merecida e justa dor...
Porque a minha impagável divida não é para contigo
É para com o nosso Amor...