Onde?
Por qual curva, seguiu sem mim a minha alegria?
E em qual varal ficaram pendurados,
lado a lado, os versos que fizemos amando?
Eu bem sei que o amor não precisa estar perto para existir,
mas onde estão os desejos fecundados
naquela presença tão sentida?
E agora, que não tenho mais as nossas manhãs coloridas,
o que devo fazer com o resto da minha vida?
Onde foi que a simplicidade dos meus sentidos,
confundiu a tua imagem do que seria um amor verdadeiro?
Quando foi que a minha porta, pra você sempre aberta,
resolveu fechar-se, assim, por inteiro...?