Os Senhores Do Nada.
Éramos resultantes de um céu rubro e poente,
Pouco entendíamos, quase nada...
Poucos eram os que nos entendiam,
Todos unidos como um elo direto...Elo ao infinito,
Éramos o inicio de algo grande,
O fim trágico de algo egoísta...
Pobres sonhadores, herdeiros da lascívia e do descaso,
Senhores de uma grandeza popular,
Libertinos por essência,
Sabíamos um do outro, e de quase tudo que nos encanta o olhar,
Descobridores errantes,
Das profundezas de um ser ao outro, do mais intimo segredo,
Escritores de “entrelinhas”, os mágicos das palavras,
Senhores de todas as letras,
Somos resultado direto de todo amor,
Sedutores donos de um aprofundamento sentimental,
“Enganadores” de si próprios...
Éramos tudo o que não devíamos ser,
Tudo o que não queríamos ser,
Todos reis do seu espaço,
Todos nós os Senhores do nada.