Crianças sem identidades

Um olhar longínquo e triste
Num buscar de algo que não existe
Ou se existe, está muito distante
Longe do viver, do acontecer abundante.

São retratos de um país sem esperança
No trato que se tem com as crianças
Pobres, indefesas entregue a própria sorte.
Dói  não ver futuro, nem um norte.

Crianças sem oportunidades, subnutridos
Abandonadas, por tantos esquecidos
Expostas a todos os tipos de violências
Porem, que não pesam nas consciências.

Crianças sem identidades
Sem perspectivas, uma amarga realidade.
Pés descalços, uma vida sem futuro
Lagrimas que não comovem o outro lado do muro

Algumas mãos se unem pra ajudar
Dar carinho e uma esperança proporcionar
Que ainda conseguem nestas crianças ver
Um futuro, um novo amanhecer. 

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 21/08/2006
Reeditado em 21/08/2006
Código do texto: T221695