PORTO SOLIDÃO

Sou náufraga das ilusões

Me afogo no meu próprio existir

Barco sem rumo e sem dono

Me abandono na noite

Em encontro fugás

Que nada acrescenta

A não ser a satisfação da carne

Quero acreditar que isto é amor

Me iludo numa entrega sem critério

Já não há mais mistério, nem magia

Triste realidade me toma

Me sucumbe ao mostrar uma verdade

Que não quero acreditar

Minha consciência desavisada

Confunde estrelas na madrugada

Com os passos que se apagaram na escuridão

Volto ao mar...tomo meu rumo

Pra outro porto solidão

Vitória/ES -Em 21/04/2010 -

Helena Serena
Enviado por Helena Serena em 21/04/2010
Reeditado em 29/09/2013
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