PORTO SOLIDÃO
Sou náufraga das ilusões
Me afogo no meu próprio existir
Barco sem rumo e sem dono
Me abandono na noite
Em encontro fugás
Que nada acrescenta
A não ser a satisfação da carne
Quero acreditar que isto é amor
Me iludo numa entrega sem critério
Já não há mais mistério, nem magia
Triste realidade me toma
Me sucumbe ao mostrar uma verdade
Que não quero acreditar
Minha consciência desavisada
Confunde estrelas na madrugada
Com os passos que se apagaram na escuridão
Volto ao mar...tomo meu rumo
Pra outro porto solidão
Vitória/ES -Em 21/04/2010 -