DILEMA
Não vivo, morro
Todos os dias, um pouco mais
Não vivo, sofro
Como outros iguais
Não vivo, corro
Ladeira abaixo
(como me ensinaram meus pais)
Não canto o coro
Dos velhos recitais
Canto uma nova poesia
Isso, todos os dias
Para esconder minha tristeza
Para trazer-te alegria
Pois a poesia que escrevo
Ela! Que pena!
Ela não é mais minha
E volto a ficar sozinho
Em busca de outro carinho