Perdido
Quero falar de amor
Mas o meu coração não merece
É como uma borboleta sem as flores
Em pleno jardim se padece...
Noite sem sereno
Cobra sem veneno
Um dia pequeno
Criação sem o feno...
Meu eu e a noite
Negro no açoite...
Na vida a estrada
Marvada é a saga
O vento apaga
E por dentro me estraga ...
Sou esteio do tempo
Pentecostes e Advento
Mistério do alento
Alma do isento
Mago da saudade
E do sentimento!