A teu martírio

Que os dias em que respires sejam negros

Como os meus que por tua causa se tornaram

Que por entre agonia e desespero

Sucumbas à mercê dos que passaram

Que tua alma se esfrie e permaneça

Gelada enquanto a minha existir

Que a calma te atormente e enlouqueça

Pela dor que me fizestes sentir

Que não sonhes, não ames nem sorrias

Quando lembrares de momentos jocosos

Que não sintas nada além de nostalgia

E que não tenha momentos esperançosos

Que vivas por toda a eternidade

Pra que teu martírio seja infinito

Que esqueças o que é felicidade

O que é bom, puro e bonito

Que carregues a tristeza contigo

E que a demonstres no teu olhar

Que ao lembrares o que fizestes comigo

Lágrimas de angústia venham a rolar

Que de tua vida sintas arrependimento

E que desejes nada mais que o fim

Que te reste apenas o sofrimento

Pois foi só isso o que restou pra mim...

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 14/04/2010
Reeditado em 18/01/2011
Código do texto: T2195707
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