DESENCANTO

DESCE O CANTO

DESSE ENCANTO

DESENCANTO

Esta tristeza profunda que me dói

As entranhas, o peito, a alma

Esta incerteza que me destrói

A esperança de poder acertar.

Tentativas inúmeras, perdidas,

Ao longo do caminho percorrido

A única certeza foi não ter perecido

Sufocada em pranto tão sofrido.

Quisera a dor de meu peito arrancar,

E na terra quente e vermelha,

Do meu maltratado coração,

Novo sentimento ver brotar.

A alma, novas asas, então ganhar,

Para poder o espaço cruzar

Em direção ao som do canto

Que hoje não pode escutar.

Novos sentidos para a vida

Talvez me disponha a recrutar,

Se o destino cruel não os furtar

Antes que eu os possa juntar.

Lutas inglórias sem precisão,

Guerreira cansada de lutar em vão,

Sigo adiante escudo ao peito,

Quase morta em meu leito.

Não adianta o medo de fracassar,

Ser humano é errar, acertar,

Cair, levantar, perder, ganhar

Vencer o inimigo DESENCANTO.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 14/04/2010
Código do texto: T2195688
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