Perdão por não saber amar-te
Seu corpo não mais
Me acalenta a dor.
Já não me consome o frio.
Já não estamos
Abraçados,entrelaçados.
Já não gozamos
Dos antigos prazeres.
Meus olhos ardem
Em pranto.
Hoje sou mais triste.
Meu olhar é gélido
E pálido. Distante,
Bem longe do teu.
Talvez o fim
Que se faz presente
Em nossas carícias
É nada além de
Minha principiante morte.
O meu equívoco,minha vida.
Enterro o meu coração
E minha alma
E peço ao coveiro dos ingratos
Para que apalpe a terra
Molhada de minhas salgadas
Lágrimas.
E que depois
Sob o mármore lacrado
Com as correntes de meu inferno.
Tranque-me e não me diga
o segredo das correntes,e
diga a minha senhora morte.
Agora dona de mim!
-busque-me quando
quiser ó rainha das trevas!
Mate-me sem piedade
Por que hoje mais que sempre
Fui cruel a quem sempre me amou.
Sou de tudo
Abismo sombrio.
Salto dentro de
Minha própia escuridão
Para procurar um sentindo
Aos meus sentimentos.
-Será sempre eterna princesa
de meu reino hoje vasto e vazio,
perdão a minha ignorância,
pois não sei viver.
Pois não sei amar,só sei querer.
Hoje minhas poesias
São mais úmidas e tristes.