O fel do fiel

O lar das potrancas desnudava seus véus

Os pontos a elas ligados exalavam deprimidos odores

Traídos ao acaso, do lado da noite

Soltas ao vento, enchendo seus véus com o cheiro do meu fel

O tempo corria, o fel se consumia

Com potrancas domando pela sede do fel

Crescia o réu, sob o véu

Corria a cegueira nas veias do fel

Cercado de véus

O Absinto do fel transformava-se em mel

As potrancas saciadas regressavam

Saudades batiam do seu doce fel

Sem saída, o fel chorava

A noite chegava, acalentado eu ficava

Potrancas retornavam ao entardecer do dia

A mente doía ao ver a luz do dia

Solidão trazida pela vez do dia