Retrato de um rosto enrugado
Eu não suporto ver
Essas rugas que deformam teu rosto
Outrora róseo, aveludado,
Agora, tens faces retalhadas por sulcos
Profundos
Onde as lágrimas vencidas
Jorram, incessantemente, trazendo-te
Amargura
E desfilam escoltadas pelo silêncio
Tenebroso
Silêncio de morte
Morte da alma!
É triste vê-lo longuínquo
Esquivando-se do afeto dos seus
Somente a balbuciar: “estou legal”
Frase tola! Quase inconsciente.
Teus olhos te condenam
São brasas vivas a te queimar...
Fixos na fumaça que enrodilha como
Serpente nas tuas vistas
Fixos nas escórias da erva maldita!
Tornaste-te desgraçadamente triste!
Nem cadeias, nem grilhões
Podem deter teu clamor estridente
Pelos montes
Vagueias pelos sepulcros,
Despido,
Ferindo-te com pedras
Pedras que te torturam
Até à alma
Dia e noite
Por que te matas, assim, lenta (mente)?
Tenho pena de ti
Fingindo seres feliz e
Torturando-te com estas pedras
Não és feliz!
Teu sorriso não passa
De um esboço sombrio
E a alegria que tentas demonstrar
É o retrato da angústia da tua alma!
Venha você! Ajude-me a salvá-lo
Não se ria do seu corpo magérrimo
Nem dos seus olhos protusos e vermelhos
Por que se esquiva?
E se ele for seu filho caçula ou o primogênito?
Ou seu irmão, ou mesmo seu pai, ou esposo?
Sim, pode ser!
Ele está á beira da morte
Assentado entre cadáveres do vício
Na mais assombrosa escuridão
E sem Deus.
Tenho pena desse rapaz que há mais de dez anos está assentado entre os cadáveres do vício, à beira da morte e sem Deus.
Poema publicado no livro O Sol da Justiça, da minha autoria
Eu não suporto ver
Essas rugas que deformam teu rosto
Outrora róseo, aveludado,
Agora, tens faces retalhadas por sulcos
Profundos
Onde as lágrimas vencidas
Jorram, incessantemente, trazendo-te
Amargura
E desfilam escoltadas pelo silêncio
Tenebroso
Silêncio de morte
Morte da alma!
É triste vê-lo longuínquo
Esquivando-se do afeto dos seus
Somente a balbuciar: “estou legal”
Frase tola! Quase inconsciente.
Teus olhos te condenam
São brasas vivas a te queimar...
Fixos na fumaça que enrodilha como
Serpente nas tuas vistas
Fixos nas escórias da erva maldita!
Tornaste-te desgraçadamente triste!
Nem cadeias, nem grilhões
Podem deter teu clamor estridente
Pelos montes
Vagueias pelos sepulcros,
Despido,
Ferindo-te com pedras
Pedras que te torturam
Até à alma
Dia e noite
Por que te matas, assim, lenta (mente)?
Tenho pena de ti
Fingindo seres feliz e
Torturando-te com estas pedras
Não és feliz!
Teu sorriso não passa
De um esboço sombrio
E a alegria que tentas demonstrar
É o retrato da angústia da tua alma!
Venha você! Ajude-me a salvá-lo
Não se ria do seu corpo magérrimo
Nem dos seus olhos protusos e vermelhos
Por que se esquiva?
E se ele for seu filho caçula ou o primogênito?
Ou seu irmão, ou mesmo seu pai, ou esposo?
Sim, pode ser!
Ele está á beira da morte
Assentado entre cadáveres do vício
Na mais assombrosa escuridão
E sem Deus.
Tenho pena desse rapaz que há mais de dez anos está assentado entre os cadáveres do vício, à beira da morte e sem Deus.
Poema publicado no livro O Sol da Justiça, da minha autoria