Das coisas que já vivi e dos amores que já provei
Posso definir se foi bom ou ruim, tudo que passei
Percorri um caminho frio e escasso em beleza
Da aridez da vida, tenho o quadro que não pintei
Meu caminho foi traçado, mas perdi a direção
Vivendo sempre no limite, sufoquei a emoção
Fiz parada, em um incerto coração, impiedoso
Sem regras, insensível, mas coberto de razão
O sofrimento regenera, vivo regenerando-me
Pondo freio em minha mente, me faço conhecer
Pelo que penso, pouco valorizo a externa beleza,
Mas, do caráter (é o que vale), enfatizo a nobreza
Cada um constrói seu próprio alicerce onde lhe
Pareça conveniente, eu, no entanto não os julgo
Mas resguardo o dever de aconselhar que as
Bases mais seguras são construídas dentro do lar
Guardo minha fé cultivo a paz e a serenidade
Em nada ao amor sou devedora, pois tudo que
Tive amei com devoção, reciprocidade não busquei,
Aprendi que não se governa o coração
O quadro que não pintei e que enfeita este cenário, onde
Minha vida foi pintada, lembrando “um”certo passado
Para minha vergonha e sofrimento vi que, é melhor
A ausência do amor, que por ele viver subjugado