O Bobo da Corte.
Só houve zombarias...
E o bobo pensava que tinha um amor.
Um amor mais lindo de sua vida.
Pobre bobo da corte.
Teve sua cara pintada de palhaço
Para só ganhar gargalhadas.
Talvez um pouco de compaixão.
O sol ainda brilha.
Ao final tarde vem o ocaso.
A noite vai chegar.
Ele cantará uma Ave Maria.
Apenas haverá a escuridão.
Tudo ficará para trás.
Nada mais restará.
Apenas a escuridão,
Sem sol, sem lua, sem estrelas.
Não houve despedidas.
Apenas um corpo ali estendido.
Uma face pálida sem marcas,
Sem mascaras, sem sorriso.
Um bobo da corte sem mais risos.
Tudo porque acreditou
Num amor que dele zombou
Até que descobriu,
Que não passava de um palhaço
Pretensioso e iludido.