NO SILÊNCIO DA ALMA

Alma subdividida,
Pesada – perdida,
Vagando na vastidão,
Derramando amargura,
Condenada à loucura,
Estranha sensação,
Rima imperfeita,
Imprecisão,
Dor que se ajeita,
Se oferece ao ser,
Alma com vontade,
Ainda que provisória,
De se refazer,
Se posicionar na historia,
Abrir a realidade,
Com sônica sonoridade,
Se livrar do talvez,
Que se agita no leito.
Não tem jeito;
Alma errando em ladeiras,
Setas que conduzem ao nada,
Assiste calada,
O fim demais um mês,
O tempo com intrepidez,
Destruir fronteiras.