Canto de um Povo
O negro chorou porque lembrou lá da senzala,
No pelourinho imovel ninguém ouviu a sua fala,
Um canto de libertação...
Negro morria na senzala e sofria humilhação,
De um capitão do mato que tinha a cor dos seus irmãos,
Negro resolveu gritar para o seu povo escutar,
À idéia que negro tinha para o seu povo libertar,
Basta de escravidão,basta de humilhação,basta de discriminação.
É hora de negro lutar e ocupar o seu lugar,
Negro tem sangue divino é capaz de ensinar,
Na escola, no hospital, na novela no jornal negro tem que atuar,
Mostrar para essa gente que a cor não tem valor.
O importante nessa vida é a maneira de pensar,
Seja operario ou doutor o negro tem o seu lugar.
Arrebentando os grilhões que a sociedade impôs,
Hoje negro tem voz ativa só quem tem a mente pequena e fechada,
Que não escutou a canção de um povo que clamava,
Pelo seu reconhecimento através da palavra.
E ao contrario do que muitos pensam o negro não põe a mão na cabeça E chora,
Negro põe a cabeça no chão e ora.
J.Marcello