Muitas vezes
Muitas vezes sou eu mesma
Muitas não
Vezes sou alguem na multidão
perdida em meio aos carros
e avenidas
Muitas vezes quero sumir
Virar poeira
Pegar um trem para lugar nenhum
Depois voltar sem dor, sem razão
Tantas vezes quis ser você, que me lê agora
Outras, não quis ser nada
Nem ser ninguém
Hoje eu quis voar, e quis chorar...chorei
Até molhar a poltrona do ônibus
Olhando pela janela o caminho verde
Por qual eu passava
O vento me dizia ...vem
Mas eu não ia
Por não saber quem eu sou, ou quem fui
Por isso muitas vezes
não quero ser nada,
Não quero ver nada
Não quero ter nada
Não quero ...
Espero a paz
entrar no meu coração
E invadir minha alma tristonha
Por isso muitas vezes escrevo
Por que é isso que amo
E é onde sei que muitos lerão
e saberão entender,
O coração do poeta que por muitas e tantas vezes clama...
Por amor....