Ruas

Abro a porta

exatamente quando a rua se fecha.

Todos abrem o coração.

As cabeças são as memas,

mas as bocas falam quase aos gritos.

Todos em suas melhores formas

e eu na indecisão, entre o aconchego do meu leito

e o barulho das torcidas.

Toda forma de agitação é festa.

E todos comemoram a mulher louca política.

Riem satisfeitos.

(fiquei encantado)

E o homem rabujento explode

em festejos raivosos,

até corre.

( que ótimo personagem, penso)

E a correria toma conta das ruas fechadas,

com corações abertos, cabeças mesmas,

bocas aos gritos...

Homens e mulheres

de todas as formas.

Minha porta ainda está aberta.

E eu nem sei por que acordei.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 11/08/2006
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