QUANDO

Quando as lágrimas descerem, quando os sonhos se perderem

e a esperança fenecer,

quando o temporal chegar e a torrente me arrastar

sem ninguém me socorrer,

quando um amigo me trair

e magoada sucumbir pela dor da traição:

Eu não perderei a fé, estarei aqui de pé,

enfrentando a provação!

Quando o esmorecer da tarde provocar grande saudade

da minha infância querida,

quando ao som da Ave Maria se calarem as cotovias

lá na torre da ermida,

quando ouvir a ladainha e sentir-me tão sozinha,

sem ninguém no coração:

Eu não perderei a fé, estarei aqui de pé,

enfrentando a provação!

Quando tudo der errado e as lembranças do passado

me fizerem soluçar pelas dores que passei,

quando o peito for ferido, ao perder alguém querido

sem ter chance de ajudar:

Juro! Sem medo de errar, pela luz que me alumia,

que eu não perderei a fé,

estarei aqui de pé, escrevendo outra poesia!

SÔNIA SOBREIRA DA SILVA
Enviado por SÔNIA SOBREIRA DA SILVA em 17/03/2010
Reeditado em 17/06/2010
Código do texto: T2142802
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