CORDA BAMBA
CORDA BAMBA
Joyce Sameitat
Ando sempre na corda bamba;
Entre os sonhos e minha razão...
Volta e meia algo me espanta;
E muitas vezes eu caio no chão...
Penduro a corda no agora e futuro;
Tento manter o equilíbrio a todo custo...
Porém ele é mais difícil que num muro;
Com a vida cheia de surpresas e sustos...
Me sinto qual um palhaço que não tirou a pintura;
Com a mente muito triste e um sorriso no rosto...
Cantando minha vida toda numa breve partitura;
Das poucas alegrias e dos muitos desgostos...
Faço palhaçadas para continuar assim a viver;
Ajo com uma insana quando bem me convier...
Não delego em minha vida a ninguém o poder;
De me tratar como se eu fosse um mero chofer...
E a corda bamba balança demais;
Está difícil conseguir me equilibrar...
Porém eu já nem me importo mais;
Viva a insanidade que me faz sonhar...
São Paulo, Setembro 2009