CARINHO
por Regilene Rodrigues Neves
Carinho
Quanto tempo sem você
Que minha alma nem lhe reconhece mais
Minha pele está enrijecida pela dureza da solidão
Meu coração nunca mais ouvira falar de amor...
Sentimentos sobram num espaço vazio
O corpo frio por trás de um olhar triste
Procura onde se perdera a mulher amante
Cheia de fantasias e de poesia...
Sem nenhum toque
Meus sentidos hoje sem sentido
Perderam o cheiro da primavera
A alegria das flores
A beleza dos jardins...
Ainda chove
Meu peito alagado de lágrimas
Escuta o barulho do tempo
Passando solitário...
Há dias sem ver o sol
Virei uma poça
Numa cratera de carências...
Dentro de mim recolho rascunhos
Escritos tentando amenizar sua saudade
Um pedaço de lembranças
Viram poesias escritas na pele
Restos de um pouco do seu carinho
Momentos de uma felicidade
Que me pertencera um dia...
Hoje a tristeza soletra
Palavras tristes nos meus lábios
A boca seca engole
Os pingos que caem dos meus olhos
Molhando dentro de mim
Um poema sem carinho...
Em 15 de março de 2010