CÁLICE AMARGO

CÁLICE AMARGO

Joyce Sameitat

Eu já não sei mais o que fazer da minha vida!

Quando amo em retribuição sou ignorada...

Trago a minha alma cansada e bem dolorida;

Pois nem ela e nem eu entendemos nada...

Sinto que mãos negras estão me prendendo;

Não há qualquer outro tipo de explicação...

Como se algo empurrasse meus sentimentos;

Fazendo os meus sonhos caírem ao chão...

Ando nas areias finas e sem fim do arco-íris;

Olhando lá de cima algo que quero atravessar...

Torna-se toda colorida e ofuscante minha íris,

Ao seguir o encanto e o encapelamento do mar...

Mas o meu coração está se derretendo de amor;

E eu me sinto aqui bem afogueada pelo seu calor...

Porém ao invés de alegria o que impera é só dor;

Pois minha vida tal como a íris era cheia de cor...

E você que se encontra a uma tão grande distância;

Não sabe o que diz e não sente o mesmo que sinto...

Apega-se a qualquer palavra ou até circunstâncias;

Tornando meu amor um cálice amargo de vinho tinto...

Cachoeira Paulista, Junho 2007

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 14/03/2010
Código do texto: T2138132