CÁLICE AMARGO
CÁLICE AMARGO
Joyce Sameitat
Eu já não sei mais o que fazer da minha vida!
Quando amo em retribuição sou ignorada...
Trago a minha alma cansada e bem dolorida;
Pois nem ela e nem eu entendemos nada...
Sinto que mãos negras estão me prendendo;
Não há qualquer outro tipo de explicação...
Como se algo empurrasse meus sentimentos;
Fazendo os meus sonhos caírem ao chão...
Ando nas areias finas e sem fim do arco-íris;
Olhando lá de cima algo que quero atravessar...
Torna-se toda colorida e ofuscante minha íris,
Ao seguir o encanto e o encapelamento do mar...
Mas o meu coração está se derretendo de amor;
E eu me sinto aqui bem afogueada pelo seu calor...
Porém ao invés de alegria o que impera é só dor;
Pois minha vida tal como a íris era cheia de cor...
E você que se encontra a uma tão grande distância;
Não sabe o que diz e não sente o mesmo que sinto...
Apega-se a qualquer palavra ou até circunstâncias;
Tornando meu amor um cálice amargo de vinho tinto...
Cachoeira Paulista, Junho 2007