ALMA FEMININA

ALMA FEMININA – 13/03/2010

Minha vida é uma eterna segunda feira

Com leve aroma de festa

A rotina sem eira nem beira

Sabotou a minha sexta

Meu sábado não tem seresta

E o domingo é puro tédio

Se na TV não tem nada que presta

O PC é meu remédio

E nessa rotina que vicia

A face acompanha

Pincelando uma palidez entristecida

Que por nada se acanha

É tudo sempre igual

Acho que sou apenas um robô

Programada, por bem ou por mal

A tudo a que essa maldita vida me impor

Ando tão desmotivada

Que desacreditei da felicidade

Só uma alma amargurada

Abre mão da vaidade

Mas de tudo me resta à esperança

Pois ela é a ultima que morre

Ainda estou viva e a lembrança

É a força que me move

Lembrança dos bons tempos

Em que me via sorrindo

Já que não há mais momentos

Pra alimentar o meu sorriso

E ainda me vem; a danada da imaginação

Arteira a fazer sacanagens

Só pra iludir esse meu coração

Com sonhos e miragens

De uma vida que não posso ter

Mas ouso aproveitar

Em pensamentos que não dá pra deter

Aos quais me entrego a desfrutar

Puros momentos de ficção

Que ousam a me assombrar

Numa simples demonstração

Do tudo que eu não posso alcançar

Para a tola alma feminina

Essa é a cruel penalidade

Que tardiamente ensina

O real valor da liberdade