A Cor da Mágoa
Em cores de ocre,
se pinta o despeito,
a dor,a mágoa,
que rasga meu peito,
desfeito,
Em cores negras,
a noite eterna,
que não gerará alvoradas,
nem auroras boreais!
De cores vermelhas, em sangue,
de coracao trespassado,
aviltado pela mentira,
se pinta o quadro,
que eu quisera aguarela!
Transparente,
inocente e leve,
mas de uma frescura bela!
Mas as cores alteram-se,
As cores misturam-se,
Poluem-se!
Os pinceis ferem a tela virgem,
Esfaqueiam! Dilaceram!
E o Pintor, insatisfeito,
com os danos, joga o quadro ali!
Abandonado!Espezinhado!Humilhado!
...Deixa-o morrer!
É o fim!
Mas quem sabe, se um dia,
Alguém o descobre, e essa tela,
Tão pobre, vai parar á Galeria?
2001
Em cores de ocre,
se pinta o despeito,
a dor,a mágoa,
que rasga meu peito,
desfeito,
Em cores negras,
a noite eterna,
que não gerará alvoradas,
nem auroras boreais!
De cores vermelhas, em sangue,
de coracao trespassado,
aviltado pela mentira,
se pinta o quadro,
que eu quisera aguarela!
Transparente,
inocente e leve,
mas de uma frescura bela!
Mas as cores alteram-se,
As cores misturam-se,
Poluem-se!
Os pinceis ferem a tela virgem,
Esfaqueiam! Dilaceram!
E o Pintor, insatisfeito,
com os danos, joga o quadro ali!
Abandonado!Espezinhado!Humilhado!
...Deixa-o morrer!
É o fim!
Mas quem sabe, se um dia,
Alguém o descobre, e essa tela,
Tão pobre, vai parar á Galeria?
2001