ESQUELETO ANDANTE
Amanhecer quente
Céu bem quieto
Alma inquieta, pensativa
Gente aos montes nas ruas
Porém, caminhar solitário
Quem passa, passa, não sei
Passou? Se passou, ninguém viu
Todo mundo a mil
E eu, esqueleto andante
Chacoalhando os ossos, indiferente
Sem nada ver, pois os olhos, roubados
Alma? Se foi ...
Vagando, perdida, sem rumo
Vontade?
Se esqueleto, coração desfez, doou.