AQUELA NOITE

Eu vi teu rosto naquela noite que jamais se repetiu;

E teu perfume me seguiu até os limiares desse agora;

Sinto-me por dentro e por fora assediado pelo toque que te sentiu;

Tal como um eco que se expandiu, igual jardim que aflora!

Eu já previa que para mim inesquecível tu serias;

Por isso relutava e resistia ao teu ímpeto curioso;

Fui homem cuidadoso, ponderador por mais que te queria;

E sempre que fugia, sabia ter motivo criterioso!

Mas o desejo não poupou a minha heróica serenidade;

Quando me vi já te sentia com intensidade e mergulhava em teu abismo;

Ficando em mim o teu sorriso, a tua extrema sensualidade;

E como um filho da ingenuidade, tombei tal como o meu juízo!

Agora vivo aprisionado pela tortura da recordação;

Pois não ganhei teu coração, sequer visito o teu pensar;

Aquela noite sempre estará anoitecendo minha solidão;

Queria ter o tempo em minha mão e ser capaz de meu passado apagar!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 06/03/2010
Código do texto: T2122909
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