HOJE EU ACORDEI ORFÃ

Hoje eu acordei órfã

Mas ainda estou anestesiada

Talvez não tenha sentido a queda

Ou não percebi minha nova estrada!

Só sei que me sinto oca, vazia

Sinto minha vontade se esvair

A única coisa que grita em meu peito

É a necessidade de me traduzir!

Porque, ao contrário do que pensam

Escrever não me faz diferente, uma artista

A escrita é quem agora me dá eixo

É a poesia meu melhor psicanalista!

Só que nunca imaginei escrever

A dor que estou agora sentindo

Nem sei se me faço entender

Ou se faço das letras meu choro retido!

Como imaginar viver

Sem aqueles olhos verdes a me fitar?

Como posso levar o dia a dia

Sem o ombro amigo a me esperar?

Eu hoje acordei órfã

E daqui pra diante será assim

Uma tristeza me consumindo

E o carinho da minha mãe que teve seu fim!

Mas sua lembrança sempre estará

Nas linhas de minha memória

O meu amor nunca findará

E sempre escreverei nossas histórias!

Santo André, 02.03.10 – 15h

Enloucrescida
Enviado por Enloucrescida em 02/03/2010
Reeditado em 02/03/2010
Código do texto: T2116089
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