Rosa negra
Espinho que brota, machuca
E atrapalha a beleza da flor
Quero acariciar tua dor
Luto negro da cor.
Veludo da noite sem amor
Sem perfume, sem torpor
Mistura-te a dor do sangue
Que ao tocar-te, espinhou.
Beleza mórbida profunda
Do poço da escuridão
Que hoje arrasto moribunda
Do corpo inerte no caixão
A rosa negra aveludada, contrasta
Minha pele pálida retrata
O espelho me torna abstrata,
Triste modelo inerte, do pintor.