Rosa negra

Espinho que brota, machuca

E atrapalha a beleza da flor

Quero acariciar tua dor

Luto negro da cor.

Veludo da noite sem amor

Sem perfume, sem torpor

Mistura-te a dor do sangue

Que ao tocar-te, espinhou.

Beleza mórbida profunda

Do poço da escuridão

Que hoje arrasto moribunda

Do corpo inerte no caixão

A rosa negra aveludada, contrasta

Minha pele pálida retrata

O espelho me torna abstrata,

Triste modelo inerte, do pintor.

Mafag
Enviado por Mafag em 01/03/2010
Reeditado em 04/08/2010
Código do texto: T2113809
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