A TEMPESTADE

Gélidas gotas espancam os vitrais da janela;

E a chuva me revela que muita coisa temos em comum;

Vivemos um jejum do tão sonhado sol que nos nega;

E abandonados na adega, somos um vulto bebum!

Ébrio de lágrimas sou eu, embriagada a chuva cai;

Tudo de nós que se vai tem claro aspecto tempestuoso;

Um horizonte tenebroso, um temporal que nunca se retrai;

E o frio interior não sai por culpa do mau tempo furioso!

Lá fora, exatamente como aqui, explodem trovões;

Amargas sensações, salobras como os pingos dessa tempestade;

Agora já é tarde e a noite vem com suas úmidas perturbações;

Calafrios e alucinações, medo dolorido da saudade!

A chuva incessante despenca intempestiva sobre mim;

E sei que nunca mais verei seu fim, porque levou o meu abrigo;

Achar aquele sol não mais comigo, chorar o adeus do querubim;

E por ser precisamente assim, é que o tempo bom partiu contigo!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 26/02/2010
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