Tudo acabou

Eu joguei uma pedra no ar

E suas vozes nada me disseram

Não consegui capturar nada do que o Sr. Desconhecido tentava me dizer

E lá fui eu novamente

Tentando re-pescar meu novo imponente “eu”

Eu juntei todos os cachorros de rua para um congresso

Para ponderar sobre o que fariam com o meu destino

Mas eles nada disseram, novamente

Eu tentei ser o mais honesto e fiel possível com meus sentimentos

Mas nada deu certo, por ventura

E lá fui eu novamente

Tentando re-pescar meu novo imponente “eu”

Eu peguei o meu grotesco carro enferrujado e percorri por ai

Os sonhos mais indomáveis de minha mente

Mas de nada adiantou

Perdi tudo o que eu tinha, antes mesmo de poder lhe dizer adeus

E mais uma vez eu não vi a caravela de Cabral partir!

E mais uma vez eu não vi a Santa Caravela de Cabral partir!

E lá fui eu novamente

Tentando re-pescar meu novo imponente “eu”

Ai como eu segurei tantas vezes em suas lindas mãos para poder me sentir feliz

Mãos macias que me faziam tão jovem e acreditar que minha vida era plena!

E tudo era a mais pura ilusão

Você não era o meu amor doce amor!

Estendi o meu corpo de uma ponta a outra do rio Ganges

E ele levou embora todas as minhas impurezas

Mas junto boa parte do meu amor por você!

E lá fui eu novamente

Tentando re-pescar meu novo imponente “eu”

O meu problema é que eu aprendi com o Sol e a Lua a amar demais

Amei insanamente

E levei tudo á mais rígida regra

Me dê uma guilhotina para que eu possa dividir meu coração em milhões de partes

Para que eu possa repartir com quem ainda não aprendeu a amar!

E lá fui eu novamente

Tentando re-pescar meu novo imponente “eu”

Eu peguei o trem mais rápido do mundo

E disse para mim mesmo que me casaria com a primeira que eu encontrasse

Não encontrei ninguém

Apenas uma rua deserta e folhas voando

Pessoas arrogantes e armas empunhadas

Papéis sendo molestados e pedaços de passados sendo revirados

E lá fui eu novamente

Tentando re-pescar meu novo imponente “eu”

Ainda ressuscito a cada segundo

Tentando ser algum sobrevivente nesse mundo ingrato

É a única escolha que tenho

Por já tão cedo ter sabido amar demais

Por já tão cedo ter sabido amar demais!

E lá fui eu novamente

Tentando re-pescar meu novo imponente “eu”

Aguardando a doce-amarga resposta do destino

De uma mulher que talvez algum dia,

Ainda volte para mim...