VIDA NÃO VIVIDA
Ela não fala de amor,
É proibida,
Não pode ter - expor,
Essa força sem medida,
Ela é absolvida,
O tempo inteiro,
Pelo peso da religião,
Não escolheu o parceiro,
Foi escolhida,
Ela tem que servir,
Com muito cuidado,
Quase perfeição,
Ela não pode sorrir,
Não pode ir e vir,
Sem ser vigiada,
Não pode dar uma olhada,
Na triste fotografia,
Do seu subsolo,
Do seu país trincado,
Pela dureza dos dias,
Pra ela tudo é pecado,
(Pra ele não),
Entra em ação,
O corretivo sagrado,
A justiça masculina,
Não existe perdão,
Na sua rotina,
Ele é senhor da razão,
Descontrola a situação,
Ah! como ela queria,
Um conforto um colo,
Um lampejo de paz,
Pro seu coração,
(Seria pedir demais)?
Mas, ela não merece coitada,
Não tem direito a nada,
“Está escrito”,
Nem mesmo um grito,
De libertação,
Enquanto a alma se desfaz,
Ela continua a sina,
Mulher que não foi menina,
Vida não vivida,
Primavera submetida,
À densa escuridão.
...
Onde estará,
O misericordioso Alá,
Que não lhe estende a mão?
Ela não fala de amor,
É proibida,
Não pode ter - expor,
Essa força sem medida,
Ela é absolvida,
O tempo inteiro,
Pelo peso da religião,
Não escolheu o parceiro,
Foi escolhida,
Ela tem que servir,
Com muito cuidado,
Quase perfeição,
Ela não pode sorrir,
Não pode ir e vir,
Sem ser vigiada,
Não pode dar uma olhada,
Na triste fotografia,
Do seu subsolo,
Do seu país trincado,
Pela dureza dos dias,
Pra ela tudo é pecado,
(Pra ele não),
Entra em ação,
O corretivo sagrado,
A justiça masculina,
Não existe perdão,
Na sua rotina,
Ele é senhor da razão,
Descontrola a situação,
Ah! como ela queria,
Um conforto um colo,
Um lampejo de paz,
Pro seu coração,
(Seria pedir demais)?
Mas, ela não merece coitada,
Não tem direito a nada,
“Está escrito”,
Nem mesmo um grito,
De libertação,
Enquanto a alma se desfaz,
Ela continua a sina,
Mulher que não foi menina,
Vida não vivida,
Primavera submetida,
À densa escuridão.
...
Onde estará,
O misericordioso Alá,
Que não lhe estende a mão?