O peso do Tempo

Ele chegou no seu velho manto de general, de leve sobre cai

Chega altivo e com ar superior que nunca lhe saí

Nunca fica de fora dos palanques dos que sabem o que perderam

Pois os deuses esquecidos a tudo moldaram

Aquele sentimento de que algo vai dar errado

Abre espaço para um crescimento exagerado

Mas estar alto nem sempre significa estar forte

Alheio poderia ser um dos modos de tentar a sorte

Ouço seu cantar, típico de fevereiro

Como se não pudesse ser interrompido

E não temesse a ninguém tirando seu loureiro

Ele é exatamente como tinha primeiro advindo

Todos dançam aos seus pés e pedem por um pouco dele

Ele se distribui e se espalha, te inunda e te afoga

E as reclamações prosseguem, idéia fantástica em se tornar vezes

E passar e voltar por sobre quem não lhe entende. Desola.

Idéias? Meu querido? Idéias?

Ele já é muito mais

Que apenas um desses meros iguais

Um deus esquecido e abandonado que nunca perde sua pose

Sigo ao seu lado e envergonhado

Continuo e sigo de mãos dadas a Chronos,

Mas às vezes sua mão é tão pesada...

Tão lento

Tão lento

Tão rápido

Tão rápido

Tão forte

Alexandre Bernardo
Enviado por Alexandre Bernardo em 25/02/2010
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