O peso do Tempo
Ele chegou no seu velho manto de general, de leve sobre cai
Chega altivo e com ar superior que nunca lhe saí
Nunca fica de fora dos palanques dos que sabem o que perderam
Pois os deuses esquecidos a tudo moldaram
Aquele sentimento de que algo vai dar errado
Abre espaço para um crescimento exagerado
Mas estar alto nem sempre significa estar forte
Alheio poderia ser um dos modos de tentar a sorte
Ouço seu cantar, típico de fevereiro
Como se não pudesse ser interrompido
E não temesse a ninguém tirando seu loureiro
Ele é exatamente como tinha primeiro advindo
Todos dançam aos seus pés e pedem por um pouco dele
Ele se distribui e se espalha, te inunda e te afoga
E as reclamações prosseguem, idéia fantástica em se tornar vezes
E passar e voltar por sobre quem não lhe entende. Desola.
Idéias? Meu querido? Idéias?
Ele já é muito mais
Que apenas um desses meros iguais
Um deus esquecido e abandonado que nunca perde sua pose
Sigo ao seu lado e envergonhado
Continuo e sigo de mãos dadas a Chronos,
Mas às vezes sua mão é tão pesada...
Tão lento
Tão lento
Tão rápido
Tão rápido
Tão forte