SILENCIOSA TORTURA
Há vozes que somente eu consigo escutar;
Elas vêm me torturar, dizendo abominações cujas intenções são me destruir;
São grades de onde não consigo sair, asas que se quebrantam antes d’eu voar;
E eu tento gritar, mas esse brado desesperado somente eu consigo ouvir!
Também avisto imagens que só meus olhos podem contemplar;
Fantasmas a me atormentar, trazendo cenas de um imaginário aterrador;
Sou perseguido pelo terror do que nem posso com alguém compartilhar;
Vivendo a carregar o peso imenso de tamanho dissabor!
Eu sinto universos de sintomas que superam meras sensações;
E lido com perseguições que me invadem através de impostores pensamentos;
Luto contra delirantes sentimentos e mordo-me para evitar determinadas inclinações;
Tamanhas perturbações reduzem minhas percepções a frangalhos e fragmentos!
Eu sou um cisco do infortúnio que perambula pelas noites esquecidas;
As minhas lágrimas doloridas permanecerão como espetáculo de um teatro vazio;
Ah, como queria uma lareira nesse frio! Quem me daria suas ternuras aquecidas?
Sigo levando chicotadas escondidas, levando nas costas meu destino sem trilho!
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