Finitude

Começo...

Ouço a minha canção ao longe...

Não é nítida.

Início...

Cantam a minha canção bem perto...

É real e incondicional.

Erro e naõ percebo o meu ethos...

Sofro e naõ vejo o transcedente...

E também não cantam como na África,

a minha canção.

Onde estão os meus laços que não cantam?

Onde está a minha identidade?

Onde está o transcedente?

É egoismo?

Ou é gratidão?

Reflexos não miram no espelho...

O toque ainda é todo condicional.

Precisa-se do encontro...

O reelaborar o encontro...

Quem sabe a "cabana" do livro.

Para que seja tateado...

incondicionalmente pelo transcedente.

Finitude...

cantam a minha canção...

E já não consigo escutar.

Ponto final ou reticências?

O limite e a dúvida transcede...

Goiânia, dezembro 2009.