O Julgamento
Sou o silêncio mórbido no ar,
O crepitar da fogueira, inquisidora,
Uma pira sempre, sempre a arder,
Sem ninguém para aquecer,
Calcinando recordações d'outrora!
Sou a poeira do abandono,.
Ando sob o descompasso
Das horas intermináveis.
Vou buscando no féretro, o sono,
A libertação dos pesadelos,
De meu passado escasso !
Sou o reflexo de mim,
Duma tão exígua existência.
Nada resta pois, por fim,
A não ser a incongruência,
Do meu sonho insustentável.
Mas esta é a minha realidade,
Minha fortuna ou malfazença.
Este será o meu eterno fado,
Meu castigo e minha sentença!
Sou o silêncio mórbido no ar,
O crepitar da fogueira, inquisidora,
Uma pira sempre, sempre a arder,
Sem ninguém para aquecer,
Calcinando recordações d'outrora!
Sou a poeira do abandono,.
Ando sob o descompasso
Das horas intermináveis.
Vou buscando no féretro, o sono,
A libertação dos pesadelos,
De meu passado escasso !
Sou o reflexo de mim,
Duma tão exígua existência.
Nada resta pois, por fim,
A não ser a incongruência,
Do meu sonho insustentável.
Mas esta é a minha realidade,
Minha fortuna ou malfazença.
Este será o meu eterno fado,
Meu castigo e minha sentença!