O Brado

Acho que o tempo parou

Quando olhei em seus olhos

Pela ultima vez, tudo mudou

Acho que eu errei

O meu maior erro foi acertar

Tive certeza disso quando voltei

Você está certa

Eu não sou tão corajoso

Mas quem é nesses tempos loucos?

Apenas tive a vontade

de ver minha amada e amante

Automanter-se e seguir adiante

Por esse erro me mantive na saudade

Por esse erro eu encontrei a minha inercia

Doce carencia

Que tras de longe o afagos da moral

De que adianta me manter de pé

Se me enclausuro em sentimento tão banal?

Mas ao olhar pro futuro

Vejo de pé e confronto

meu passado, e seu fim prematuro

Questiono meus atos

Revigoro a ferida

Com mais atenção aos momentos

encontro, de certa forma, a saida

Doce inercia

Que tras de longe as anciedades da carencia

De que adianta me manter preso a ti

Sem deixar, de meus sentidos, ter ciência?

A felicidade que zelei por você

Não tive para mim

E em cada sorriso apenas para crêr

Que você estaria bem no fim

Essa é a felicidade que busquei?

No fim de tantas luas a felicidade encontrei?

A resposta, é não por certo sei

Doce lua

Que tras de longe toda a amargura

De que adianta me fazer sorrir

Quando vejo a minha volta o espaço ruir?

Pois encontro então a resposta

Nessas noites em claro,

Digo e faço aposta

Não foi tristeza que veio, naquela hora, o faro

Quando vi a porta fechar

Quando não pude mais te olhar

E soube, foi a ultima vez que ouvi falar

Tive no coração o mais profundo pesar

Não o de tristeza em acabar

Mas a dor e a frustração de, por tanto, sacrificar

E no final, ter os planos destruidos ao falhar

Doce ciencia

Que tras de longe os afagos da sabedoria

De que adianta me afastar a carencia

Se em pé, vejo, sinto, era meu coração que morria?

Leve como o vento, a sensação

Essa é a que a descoberta traz

No fundo cria ancoras ao coração

Que por medo, voar nos faz

Desentralçado das amarguras e pesamentos vis

Eu, que quis riscar do passado

e as inuteis tardes gris

Vi o absurdo de culpa e disso, negado

Minha mão livre escreve bem

O que a mente lápida e o coração também

Não preso as bordoadas da aflição

De um passado negado, em que pese o coração

Oh Doce Negação!

Que tras tão de perto os prazeres e as dores

De que adianta me abraçar agora

Se meus meses já se foram em noites insones?

Mas em que pese a redenção

meu espirito encontra-se livre

Dessa culpa e desse pensamento vão

De me prender ao que fiz e disse

Oh doce sensação

Que tras de longe os ápices dessa redenção

Me matenha de pé agora

Para que possa seguir com paz no coração

Diego Menezes
Enviado por Diego Menezes em 06/02/2010
Código do texto: T2072054
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