O POEMA MUDO

Todas as vezes que eu me engano por obra do acaso;

Dá-se o ocaso de conflitos e atritos que me são pacificadores;

Eclodem gritos de aflitos terrores, nos quais me inalo;

E assim me calo para evitar que surjam nossos horrores!

Tento apagar da memória lembranças de fatos que nunca vivi;

Resgatar lágrimas de quando sorri e também perseguir o meu reajuste;

Por mais que me custe, tentar sem jamais desistir;

Pra dizer a mim mesmo que eu não menti e fiz tudo que pude!

Desço sem compaixão pessoal aos porões de meus telhados;

Nado em desertos molhados de infinidade compactada;

Desferindo uma profunda apunhalada nos descaminhos trilhados;

Filhos legítimos de pais bastardos, paridos pela mente que me metralha!

E que ninguém me pergunte a razão desse poema mudo;

O amor é o culpado por tudo e eu só quero o meu grito de volta;

É isso que me importa e não abrir a porta de meu casulo;

Só me anulo porque vi a vida dando um pulo, e ela estava morta!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 29/01/2010
Código do texto: T2057652
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