LAMENTOS
seu beijo era doce como as delicadas nectarinas
e seu perfume adentrava ofegantes narinas
seu andar triunfal passeava sobre minhas meninas
queimava e ardia, opulenta, em minhas retinas
escravo de teu eixo eu me entregava ao desleixo
culpava minha alma de star refém de teus caprichos
jogava com o olhar minhas parcas forças, no lixo
e o teu cio, rasgava minha razão, me tornava bicho
mas foste como vieste, nem sei bem, nem quando
em púrpura neblina noturna, saindo de mansinho
tornando meu eu liquido no chão entornado
esfacelando meus resíduos já tão diluídos
agora oro para a medíocre e amarelada fotografia
clamando por paz em meu antro em agonia
rezando para o sol raiar um outro dia
e apaziguar dolorosa utopia
minha esperança e que em algum lugar de seu futuro
perto do pó compacto, do rímel ou escondido na carteira
em algum dia de verão, onde lembranças a encostem no muro
você ache minha maltratada e encardida fotografia, e ria.
seu beijo era doce como as delicadas nectarinas
e seu perfume adentrava ofegantes narinas
seu andar triunfal passeava sobre minhas meninas
queimava e ardia, opulenta, em minhas retinas
escravo de teu eixo eu me entregava ao desleixo
culpava minha alma de star refém de teus caprichos
jogava com o olhar minhas parcas forças, no lixo
e o teu cio, rasgava minha razão, me tornava bicho
mas foste como vieste, nem sei bem, nem quando
em púrpura neblina noturna, saindo de mansinho
tornando meu eu liquido no chão entornado
esfacelando meus resíduos já tão diluídos
agora oro para a medíocre e amarelada fotografia
clamando por paz em meu antro em agonia
rezando para o sol raiar um outro dia
e apaziguar dolorosa utopia
minha esperança e que em algum lugar de seu futuro
perto do pó compacto, do rímel ou escondido na carteira
em algum dia de verão, onde lembranças a encostem no muro
você ache minha maltratada e encardida fotografia, e ria.