SUICÍDIO

Quando olho da varanda,do apartamento
Do oitavo andar do firmamento
Para por um só instante,um momento
Olho em outra direção, olho para dentro

Sei lá, esta erguido ali feito monumento
E que será agora lei, sob juramento
Eternamente escravo deste testamento
dogma encravado com muito sofrimento

que esta aqui exposta a vida que pediste
que é daqui que sairia livre, mas agora triste
que a ilusão de outrora hoje é calvário
quente e viva antes, agora obituário

e da varanda meu olhar em desalento
muda de rumo, deixa o firmamento
e acompanha cabeça a baixo em lamento
seu destino, na calçada de frio cimento

e amanhã, nas paginas do vespertino
a foto estampada em cores fortes, o desatino
de outra vida morta, outro vil destino
olhando a varanda, e alem, o infinito... finito

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 29/01/2010
Reeditado em 29/01/2010
Código do texto: T2057262
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