Chuva do lado de dentro

Eu quis te dar a mão

Mas teus olhos estavam distantes...

Esperei na janela pra te ver

E só a chuva veio...

Pobres mortais crianças grandes...

Ah! Quanto me alegrava tua janela...

Máscaras são disfarces frágeis

Sucumbem em poucos segundos...

Não vale a pena contar as estrelas

Se não temos pra quem entregar...

Não vale brotar meu sorriso

Se não vejo teus olhos satisfeitos...

Entre o som e o silêncio

O espaço foi maior do que eu suportaria...

Hora de escrever com tinta invisível...

Alinhavar, colar e curar...

Enganar o tempo

E versar a dor...