Arrogância
Não culpo ninguém por estar onde eu estou.
Fora meus pés que me trouxeram e eu quem os ordenou.
Não culpo ninguém por meu fracassso, então
Vou andando passo a passo, buscando meu próprio perdão.
Não posso culpar ninguém por eu estar aqui;
Só posso aceitar e dizer que aprendi.
Vou tentar recomeçar de onde eu errei.
Aqui, noutro lugar... Não importa; eu não sei.
Sou meu próprio erro e minha solução.
Sou o pior pecado buscando a redenção.
Sou a réplica inexata do que eu queria ser.
Sou, simplesmente, nada do que eu queria ver.
Sou minha própria sorte e minha perdição.
Sou meu corpo, alma e o meu coração.
Sou a minha consciência e a minha insensatez.
Sou a própria inocência com complexo de altivez.
Não posso te culpar por chegar onde cheguei,
Mesmo que você seja o erro que eu mais amei.
Ainda que eu queira mudar, você sempre será minha utopia;
Você sempre será a droga que mais me vicia.
Não posso dizer que estou onde sempre quis;
Nem, tampouco, posso alegar que sou feliz.
Mas, ainda que tudo esteja errado assim,
Não desistirei. Sei, posso mudar o fim.
Vou acreditar mais no meu próprio ser;
Também vou tentar a verdade conhecer.
E essa é a busca que eu tanto procurei:
Achar o meu próprio eu que não sei onde deixei.
William G. Sampaio [13/1/10]