Uma rosa na chuva
E a tristeza profunda invade os salões da m’alma
Meu coração está pronto para transbordar...
Transbordar-se em lágrimas,
Lagrimas que hoje eu não pude chorar!
Fecho os olhos e volto-me para dentro...
Sinto o peso de um coração partido,
De um amor pouco correspondido,
Da esperança que se perdeu!
Ah, esse nó na minha garganta!
Quem dera eu poder gritar e gritar,
Ensurdecer esse silêncio cruel,
Rasgar essa sombra, arrancar de mim o fel!
E as horas passam vagarosamente...
Não há forças, portanto não há máscaras!
Por favor, tirem todos os olhos de mim!
Deixem-me aqui com a minha tristeza!
Deixem-me em paz!
Não hei de tocar no assunto!
Hoje nem os meus olhos eu posso levantar,
Pois carrego neles todo o peso deste mundo!
Afinal, é este mesmo mundo,
Onde ha tão pouca gentileza,
Mundo que cria seus filhos
Para depois matá-los com vil crueza!
Hoje, tão pouco sou...
Hoje, eu quase deixei de ser alguém...
Hoje sou tão somente,
Uma rosa que a chuva lavou!
Hoje, nesse mundo,
Ninguém é mais triste do que eu!