Eu também sinto muito...
Papai, como eu sempre gostei de chamá-lo,
Não se entristeça querido...
Você tem filhos que sempre irão amá-lo,
Não se sinta tão aflito!
Também sentimos a falta dela...
Mas é assim que a vida rege...
Um dia a vida é bela,
No outro a morte se elege...
Os meus olhos estão como um rio,
Fazem da correnteza o destino,
Quando vejo o senhor com a porta fechada,
Logo sei que seu sorriso é só fachada.
Que pena, eu não ser ela,
Para suprir cada uma de suas necessidades,
Desprender seus sentimentos desta cela,
E apresentar um mundo de diversidades...
Meu coração aperta, querido papai...
Quando vejo que habitas em teu silêncio uma profundidade,
Mas não posso ir longe que meu ser se esvai,
Meu humilde corpo carregado de vaidade...
Que a morte os separe, pra vocês, foi verdadeiro...
Vinte e sete anos de mãos dadas,
Mesmo que com o ódio o amor se espalhe, durou o casamento inteiro.
Entre as manhãs e noite caladas!
Agora no vão do quarto,
Só as lembranças restaram...
Quando olhas pro retrato,
Vês bons momentos que marcaram...
Sei que a falta dela corrói,
Mas não tem com evitar...
Em mim também ainda dói,
Não precisa se esconder para chorar...
Te amo muito papai...
De uma forma que ainda não sei como dizer,
Mas antes que todo meu tempo se vai,
Quero um dia isso aprender!!!
***_Flor (usada em um bem – me – quer) ***