OLHO D'AGUA
Sob um sol de dezembro
Um menino descalço
Brincando de índio
Contemplando o riacho
Um campo verde
Um cheiro de mato 27-08-1992
Um vento cantante
Um bando de pássaros
Olho d’agua, potyguar pequenino te viu
Olho d’alma, sonhador peregrino sentiu...
Um arrebatamento ao futuro
Um silencio, um lamento
Um mergulho de cores no escuro
Olho d’alma hoje chora
Por não ver o golandim
Ensinando o caminho até o potengi
Sob o céu do passado, olho d’agua te acho
Muito mais do que lembro, muito mais que um riacho,
Um poema arquivado, sob um sol de dezembro.