Tristes dias.
Há dias em que o sol emana
uma triste energia.
Dias em que se pode tocar
a alma que adormece docemente.
Há dias em que o maior dos estrondos
passa despercebido por uma alma que vagueia no silêncio.
Dias em que aquele grito que estava entalado
finalmente se liberta e ecoa no vazio.
Há dias em que constatamos
a morte de todos os sonhos.
Dias em que percebemos que
amar não é garantia de ser amado.
Há dias em que percebemos
as mãos vazias.
Dias em que esse vazio
tenta nos engolir.
Há dias em que caímos de joelhos
e choramos diante das nossas forças que jazem mortas à nossa frente.
Dias em que se deseja profundamente
adormecer eternamente.