Angústia

Sinto em minha alma uma angústia que teima

Como um braseiro que queima

Expondo dores e ferida

Exibindo as páginas rotas de minha vida

Sinto um quê de indagações

Uma avalanche de emoções

Que não explicam meu medo

Um sentimento obscuro que arde

Nas minhas entranhas faz alarde

Altera o ritmo normal da consciência

Sou agora toda reminiscência

Trapos esfarrapados da decadência

Explosão, confusão e impaciência

Sou um nada perdido na transparência

Sou algo sem explicação para a ciência

Da alegria pulando para a tristeza

Guardando no varal da mente a incerteza

Sou só um instante de depressão

Restos de sensibilidade atirados ao chão