Encontros em desencontros

Me procuro num desencontro,

saiu,

corro,

ao meu encontro.

Acho escombros,

sinto pesos em meu ombros...

Tantas desaventuras, nessa aventura,

que dão o nome de vida,

que vivo todo dia,

que morro ao viver.

Nasço ao morre,

vivo e morro, ao nascer.

Infrutíferas contrariedades,

num poço fundo de infinitas vaidades,

um aperto no peito,

uma saudade.

Saudade do que ainda não foi,

e saudade do que ainda não aconteceu.

Hoje me olho no espelho

e vejo uma realidade.

Me escondia de mim mesmo,

e achava que tudo fazia parte dessa felicidade.

Mas tudo mudou,

muita coisa esmoreceu.

Não vejo mais a beleza externa em meu rosto,

me escondo através de sonhos que nunca sonhei.

Hoje adormeço, mas onde acordei.

Sinto alegria extrema por um lado,

o lado meigo e puro das conquistas,

mas o lado que me leva a frente,

deixou de ser altruísta.

Saudades de mim, de um eu que nem eu sei onde foi parar.

Saudades de mim, de um tempo que não tinha com oque se preocupar.

saudades de mim, onde um tempo fazia muitas coisa ao redor.

Saudades de mim, um tempo onde havia em meu peito, dó.

Saudade de mim, de um tempo onde sabia expressar meu amor.

Saudades de mim, saudades de viver tudo oque ainda restou...

As chuvas que hoje caem se confudem com as lagrimas,

é duro aceitar o caminho, a estrada.

a perca do que não se foi,

as coisas que colhi, onde nem pensei em plantar,

ou as coisas que fingi, não saber...

em minha mãos agora está.

Mas tenho um refugio, tenho um canto,

lá onde vou comigo encontrar.

Num lugar vazio, louco e insano.

Onde nenhum homem consegue sair, nem entrar.

lá bolei um novo plano...

e vou novamente a voz soltar...

Pois minha poesia e minha vida são assim,

por isso acho as vezes que não serei poeta.

Pois na tristeza encontro alegria,

na porta fechada encontro uma fresta.

E por ela consigo ver um lindo céu, um lindo sol, um lindo ar

Saudades de mim, sentirei, quando de boa, voando, chegue a estar.

Abraços poéticos...

Fer