Um universo numa gota
A dor de um adeus é tão imensa
que, em si, comporta
um universo de sofrimento.
Nele há galáxias de frustração,
buracos negros de angústia,
sistemas planetários de desespero
e muitos, muitos mundos e satélites
de grandes e pequenos dissabores.
Mas é uma dimensão inóspita,
porque a tristeza é um ser
essencialmente solitário.
Ironia é que tamanha vastidão
exista para acolher apenas
um único e tristonho ser.
Tudo isso, agora, transbordou
numa lágrima sangrada
de um coração talhado
pela navalha dos desencontros.
A vida que podia ter sido
acabou de escorrer-me pela face
e perdeu-se, caída num canto qualquer
do caminho pelo qual o destino
pisoteia esperanças perdidas.
O amor que ficou, há de fenecer?
.oOo.
A dor de um adeus é tão imensa
que, em si, comporta
um universo de sofrimento.
Nele há galáxias de frustração,
buracos negros de angústia,
sistemas planetários de desespero
e muitos, muitos mundos e satélites
de grandes e pequenos dissabores.
Mas é uma dimensão inóspita,
porque a tristeza é um ser
essencialmente solitário.
Ironia é que tamanha vastidão
exista para acolher apenas
um único e tristonho ser.
Tudo isso, agora, transbordou
numa lágrima sangrada
de um coração talhado
pela navalha dos desencontros.
A vida que podia ter sido
acabou de escorrer-me pela face
e perdeu-se, caída num canto qualquer
do caminho pelo qual o destino
pisoteia esperanças perdidas.
O amor que ficou, há de fenecer?
.oOo.