O ADEUS MAIS DOLOROSO

Quando se vai aquele alguém que a gente ama;

Há de ficar uma esperançosa chama de que algum dia regresse;

Madrugadas em prece, imorredoura fé que proclama;

Que por seu grande amor reclama e que nunca fenece!

Porém há partidas que nunca serão revertidas;

Remoções que não podem ser devolvidas, incuráveis amputações;

Que agridem a lógica das razões, que furtam duas vidas;

A que fica sangra suas feridas, a outra diz adeus a essas dimensões!

Não se sabe se o amor visita os dois lados fronteiriços;

Mas os seus resquícios não são de caráter efêmero;

É de indelével gênero, partem de misteriosos feitiços;

Que parecem deixar seus avisos sem medo do espaço e do tempo!

A vida é composta por ondas de vindas e idas;

E muitas são as despedidas, como inúmeros são os seus ais;

Motivos triviais ou grandes paixões destruídas;

Mas aquela que aparta eternamente duas vidas, seguramente é a que dói mais!

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